O espargo é originário a Mesopotâmia. No ano 5000 a.C. começa a expandir-se pelo mediterrâneo (Egito, Grécia e Itália). Chegam a Espanha no ano 200 a.C. com a invasão romana. No século VIII (ano 711) com a invasão árabe, expande-se e consolida-se o consumo em toda a península ibérica.
No antigo Reino de Granada considera-se que a produção e o consumo aumentou e se tornou popular durante a dinastia Nazarí.
Em Huétor Tájar começa o cultivo de forma comercial em 1918.
Tipos
Espargos de Huétor Tájar com IGP
O espargo de Huétor Tájar com IGP considera-se um cruzamento natural entre a espargueira cultivada Asparagus officinalis L. (25%) e a silvestre Asparagus maritimus L. Mill. (75%), e faz parte do mesmo grupo botânico que os espargos Trigueiros. O espargo de Huétor Tájar é cultivado na fértil e milenar vega de Granada, zona pioneira do cultivo do espargo que abrange os municípios de Huétor Tájar, Íllora, Loja, Moraleda de Zafayona, Salar e Villanueva Mesía, com a maior parte da produção em Huétor Tájar.
O espargo trigueiro de Huétor Tájar é o único espargo trigueiro com denominação IGP da União Europeia e do Mundo. A nível morfológico, apresentam um caule violeta, bronze-violeta, bronze, verde-violeta ou verde, com tonalidades mais escuras na cabeça. A epiderme apresenta uma cutícula com um brilho característico, podendo por vezes apresentar estrias longitudinais. O turião é fino, comprido, reto e cilíndrico, terminado na cabeça bem desenvolvida em forma aguda ou acuminada. A nível organoléptico, apresentam uma textura tenra, carnosa e firme, assim como um sabor delicado amargo e doce e profundo aroma, que lembra o espargo trigueiro silvestre.
Todo isto torna o espargo trigueiro de Huétor Tájar num produto único no Mundo.
O espargo de Huétor Tájar é o mais apreciado pela sua textura e sabor, e o único aprovado por um Conselho Regulador que garante sempre a rastreabilidade e as garantias das especificações da IGP do espargo de Huétor Tájar.
As características das variedades autóctones dos espargos de Huétor Tájar são as seguintes:

Espargos de Huétor Tájar sabor silvestre
Foram realizados diversos cruzamentos do espargo de Huétor Tájar para recuperar o sabor original das espargueiras silvestres.
Morfologia:
- Sabor: Sabor silvestre, semelhante ao das espargueiras silvestres. Um regresso à origem.
- Ponta da cabeça: Forma aguda ou acuminada, com maior diâmetro do que o caule.
- Diâmetro do caule: varia entre fino e médio (4-16 mm)
- Textura da pele: Estriada e com as brácteas pronunciadas.
- Cor: Tons verdes e bronze.

Espargos verde-violeta de Huétor Tájar
O espargo verde-violeta de Huétor Tájar, conhecido em Espanha como espargo trigueiro, é um produto ÚNICO NO MUNDO.
Morfologia:
- Sabor: intenso sabor amargo e doce, um aroma profundo e uma textura firme e carnosa.
- Ponta da cabeça: Forma aguda ou acuminada, com maior diâmetro do que o caule.
- Diâmetro do caule: varia entre fino e médio (4-16 mm)
- Textura da pele: Lisa e com as brácteas suaves.
- Cor: Tons mais escuros que variam entre verdes e violeta.

Espargos Verdes
O Asparagus Officinalis L., denominado comummente espargo verde. Faz parte da família das liliáceas à qual pertencem também as cebolas e os alhos. Além de se consumirem frescos, podem ser consumidos em conserva ou congelados durante todo o ano.
Largo com pequenas folhas em forma de escamas na sua extremidade superior.
Vegetal nativo da bacia mediterrânica.
Morfologia:
- Sabor: suave e ligeiramente doce.
- Ponta da cabeça: obtusa, verde com pouca coloração violeta
- Diâmetro do caule: varia entre fino a grosso, entre 4 e +24 mm
- Textura da pele: lisa
- Cor: Tons verdes

Espargos Violetas
As primeiras culturas conhecidas em Itália remontam a 1930. Atualmente, o seu cultivo estendeu-se em zonas como a Europa, América ou Ásia. As condições ótimas para esta variedade são temperaturas moderadas com dias ensolarados.
Uma das variedades de espargos frescos mais apreciadas pelo seu sabor doce, tenro e carnoso, que a tornam num ingrediente excecional para saladas e preparações frescas. É ideal para ser consumido fresco, assim como na grelha ou nas brasas.
Morfologia:
- Sabor: doce
- Ponta da cabeça: arredondada e compacta
- Diâmetro do caule: varia entre médio a grosso, entre 8 e +24 mm
- Textura da pele: lisa
- Cor: Tons vermelhos-violeta

Espargos Brancos
Os espargos brancos pertencem à mesma família que os verdes. A diferença entre eles é que os brancos são cultivados por baixo da terra ou sem luz, daí a sua ausência de clorofila (pigmento de cor verde dos vegetais). Estes espargos, com mais hidratos de carbono que os verdes, apresentam uma casca dura e costumam ser descascados para que sejam aptos para consumo.
Morfologia:
- Sabor: delicado entre doce e amargo
- Ponta da cabeça: arredondada
- Diâmetro do caule: varia entre médio a grosso, entre 8 e +24 mm
- Textura da pele: lisa, sem estrias
- Cor: Tons brancos-rosáceos ou pontas violetas
